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Submissão anti-natural masculina

A Evolução dos Relacionamentos e a Crítica à Monogamia na Sociedade Contemporânea

Nos últimos séculos, a monogamia se tornou a norma em muitas sociedades humanas, mas, de acordo com alguns estudos, ela é um contrato social relativamente recente em nossa história evolutiva. No período paleolítico, a estrutura social humana era, em muitos aspectos, poligâmica e dominada pelos machos mais fortes e influentes. A hipergamia feminina, que implica a atração por homens de status superior, teria levado a um sistema de “harem” natural, onde uma pequena fração dos homens detinha o acesso à maioria das mulheres. O restante dos homens, mesmo sem acesso à reprodução, desempenhavam funções de proteção e segurança para as fêmeas que orbitavam os machos dominantes.

Esse padrão foi alterado com o advento da agricultura e o surgimento das primeiras civilizações, quando a estrutura familiar nuclear começou a tomar forma. Contudo, a verdadeira mudança na dinâmica entre os sexos, no que diz respeito ao compromisso monogâmico, começou a acontecer com a institucionalização da monogamia, que passou a ser vista como o modelo mais ético e equilibrado para as relações humanas. A ideia de que os papéis de paternidade e maternidade deveriam ser compartilhados de forma equilibrada, garantindo a criação adequada da prole, se tornou a base das normas sociais e jurídicas.

A Monogamia como um Equilíbrio Contratual

A monogamia surgiu como um contrato social que visava equilibrar as necessidades e desejos dos homens e mulheres. O homem abriria mão de seu impulso natural de se reproduzir com o maior número possível de mulheres, enquanto a mulher deveria controlar sua hipergamia, aceitando um único parceiro que seria responsável pela criação dos filhos. Nesse modelo, ambos os sexos compartilhavam as responsabilidades familiares, garantindo uma estrutura social mais estável e a otimização dos esforços para a criação e educação dos filhos.

Contudo, a partir da década de 1950, com o que muitos consideram o início da era da liquidez — marcada pela liberdade sexual e a perda de valores tradicionais —, surgiram mudanças significativas. A ideia de monogamia como contrato foi se desgastando, dando lugar a um cenário onde a falta de compromissos e responsabilidades passou a dominar, e onde o papel de cada gênero foi cada vez mais relativizado.

A Era da Liquidez e o Colapso dos Papéis Tradicionais

A transição para o que o autor descreve como uma sociedade “surubâmica”, ou seja, uma sociedade em que as regras dos relacionamentos são fluidas e instáveis, resultou em um colapso das normas sociais que antes regulavam os papéis de homens e mulheres. A libertinagem sexual, que permite a mulheres e homens viverem conforme seus impulsos instintivos sem compromisso, trouxe consequências evidentes: a maior promoção da promiscuidade e a normalização do aborto e do abandono de crianças, pois os indivíduos deixaram de se responsabilizar pelas consequências de seus atos.

Neste novo cenário, a hipergamia feminina ganhou força, e as mulheres continuaram a buscar os homens Alpha — aqueles com mais recursos, status e atração —, enquanto os homens Beta, os que não possuem essas características dominantes, viram-se cada vez mais marginalizados. Essa dinâmica causou um desequilíbrio, onde os 20% de homens mais desejados tinham acesso a uma grande parte das mulheres, enquanto os outros 80% enfrentavam a escassez.

O Problema da Escassez e a Criação de Filhos de Outros

Neste cenário, os homens menos privilegiados, frequentemente ignorados ou rejeitados pelas mulheres na juventude, acabam assumindo um papel secundário em relação à criação da prole. Muitas vezes, eles se veem responsáveis por filhos de outros homens, sem ter sido realmente escolhidos por essas mulheres enquanto ainda estavam no auge de sua fertilidade e atratividade.

Esse comportamento é descrito como antinatural, pois em nenhuma outra espécie animal os machos dominantes deixam que os machos inferiores assumam responsabilidades parentais. Na sociedade humana moderna, no entanto, muitos desses homens, chamados de “beta providers”, aceitam a responsabilidade de criar filhos que não são seus, na esperança de encontrar algum valor no relacionamento, ou simplesmente por sentirem a pressão social para manter a família unida. Este comportamento é, em parte, alimentado pela baixa autoestima e pela dependência emocional, que levam esses homens a aceitar um papel submisso e sacrificante.

O Dilema do Homem Moderno: Amor, Propriedade e Responsabilidade

O texto também aponta que, ao contrário das mulheres, que muitas vezes agem de forma circunstancial e pragmática em seus relacionamentos, os homens têm uma capacidade maior de amar incondicionalmente. Isso leva a uma situação em que muitos homens acabam aceitando as condições do relacionamento, mesmo quando essas condições envolvem traições ou responsabilidades de terceiros. A aceitação de filhos de outros homens ou de mulheres que antes os rejeitavam pode ser vista como uma tentativa de cumprir um papel social de provedor, mas muitas vezes, isso ocorre à custa de sua própria felicidade e dignidade.

A validade interna é apresentada como um aspecto crucial para os homens que buscam recuperar seu valor e evitar essa dependência emocional destrutiva. O homem que compreende e respeita sua própria autoestima, e que não aceita ser submisso aos desejos egoístas das mulheres ou das normas sociais, pode evitar se tornar uma vítima de suas próprias emoções e de uma sociedade que promove valores distorcidos.

As Consequências da Subversão Cultural

A subversão cultural que ocorreu desde a década de 1950 é apontada como a causa principal do colapso da estrutura familiar tradicional. A liberdade sexual sem responsabilidades levou a sociedade a adotar comportamentos instintivos, mas sem os mecanismos necessários para sustentar a responsabilidade social e familiar. A consequência disso foi o aumento da taxa de mães solteiras, o abandono de filhos e a perda do compromisso entre os sexos.

A sociedade moderna, ao libertar os instintos femininos e masculinos, acaba criando um sistema em que os homens que mais têm a perder — aqueles fora do círculo dos "Alfas" — acabam assumindo as responsabilidades por filhos que não são seus. A mulher que antes poderia contar com o suporte de um parceiro dedicado agora muitas vezes se vê sozinha, com filhos e sem um compromisso real com a figura paterna.

Conclusão: A Crise do Modelo de Relacionamento Atual

O artigo sugere que a crise dos relacionamentos contemporâneos, marcada pela falta de comprometimento, pela promiscuidade sem responsabilidade e pela hipergamia feminina exacerbada, leva a uma sociedade adoecida, onde as normas tradicionais da monogamia e da paternidade/maternidade compartilhada foram subvertidas em favor de um modelo caótico e sem regras. Para muitos homens, isso resulta em uma escassez de parceiros femininos na juventude e em um papel submisso, muitas vezes assumindo responsabilidades parentais de filhos que não são seus.

O futuro parece incerto para uma sociedade que perde seus valores fundamentais e não consegue equilibrar os desejos e responsabilidades entre os sexos. A recuperação da monogamia como um contrato justo e equilibrado pode ser uma possível solução, mas para isso, será necessário reverter os excessos da "era da liquidez" e retomar os princípios de responsabilidade, comprometimento e respeito mútuo nas relações.

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