Relacionamento aberto: histórias reais de quem vive ou já viveu essa modalidade

Você já pensou em ter um relacionamento aberto? Essa é uma forma de se relacionar que foge dos padrões tradicionais da monogamia e que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo. Mas como funciona na prática? Quais são os benefícios e os desafios de se envolver com mais de uma pessoa ao mesmo tempo? E como lidar com o ciúme, a confiança e a comunicação nesse tipo de relação?



Para responder a essas e outras perguntas, conversamos com três pessoas que vivem ou já viveram um relacionamento aberto e que compartilharam suas experiências, dificuldades e aprendizados. Confira abaixo as histórias reais de quem optou por essa modalidade de amor.

Ana*, 32 anos, jornalista

"Eu e meu marido estamos juntos há dez anos e temos um filho de cinco. Há dois anos, decidimos abrir o nosso relacionamento depois de muita conversa e reflexão. Foi uma escolha mútua, baseada no amor, no respeito e na liberdade que queríamos ter. Não foi fácil no começo, tivemos que lidar com o medo, a insegurança e o ciúme, mas fomos nos adaptando aos poucos e estabelecendo nossas regras e limites.

Hoje, nós dois temos outros parceiros fixos, além de eventuais ficantes. Nós nos consideramos poliamorosos, ou seja, temos a capacidade de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Isso não significa que amamos menos um ao outro, pelo contrário, nosso vínculo se fortaleceu ainda mais com essa experiência. Nós nos comunicamos muito, contamos tudo um para o outro e nos apoiamos nas nossas escolhas. Temos uma relação de cumplicidade, confiança e transparência.

Claro que nem tudo são flores, às vezes ainda sentimos ciúme ou insegurança, mas sabemos lidar melhor com esses sentimentos. Também enfrentamos o preconceito da sociedade, que não entende ou não aceita esse tipo de relação. Por isso, não contamos para a nossa família ou para os nossos amigos mais conservadores. Mas temos um grupo de apoio formado por outras pessoas que vivem o poliamor e que nos ajudam a superar as dificuldades.

Para mim, o relacionamento aberto é uma forma de me conhecer melhor, de explorar a minha sexualidade e de viver o amor de forma mais plena e livre. Não me vejo voltando para a monogamia, pois sinto que essa é a minha verdadeira essência."

*Nome fictício para preservar a identidade da entrevistada.

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